Água e Sustentabilidade

"O Projeto «Sustentabilidades», promovido pelo Tribunal de Contas, justifica-se no atual contexto de eventos climáticos extremos em todo o mundo e do combate pouco eficaz às emissões de carbono, evidenciando a necessidade de se repensarem políticas e de se alterarem comportamentos. Paralelamente, as sociedades são também prejudicadas em diversos domínios por fenómenos disruptivos que condicionam a prosperidade e o crescimento económico, tornando imperioso que os cidadãos compreendam a importância do controlo  das contas públicas e do incentivo à recusa de práticas ilícitas."

Nesse sentido, os alunos do 12.º A e B foram convidados a refletir sobre a importância da ÁGUA no mundo, atendendo às circunstâncias atuais, através da realização de um texto argumentativo/reflexivo que conta, igualmente, com algumas dicas que todos deveríamos seguir.

Divulgamos aqui os trabalhos realizados e submetidos a concurso!
Necessidade: mudar os comportamentos humanos atuais, adotando princípios e valores cívicos! Vamos a isso? 

Sem água, sem vida!

A água é a base da vida e, como tal, deveria ser melhor preservada, cuidada e usada. Porém, o ser humano não consegue conter a sua ganância, pensando de forma individual, o que nos conduz a um dos maiores problemas do mundo: a escassez da água.

O nosso planeta depara-se com um elevado crescimento populacional e o certo é que as pessoas utilizam a água para todo e qualquer tipo de ação. Assim, se a população continuar a aumentar, por conseguinte, a quantidade de água disponível diminuirá. Uma outra causa que contribui, deveras, para a escassez da água é a má gestão dos recursos hídricos, com o desperdício constante e a falta de investimento, por parte de muitos países, em infraestruturas hídricas modernas, eficientes e sustentáveis.

 Passemos, agora, às consequências da escassez de água. As maiores de todas são, sem dúvida, a fome e a sede, estimando-se que, até 2025, cerca de 1,8 bilhão de pessoas viverão em locais com escassez absoluta de água, não podendo usufruir deste bem essencial para consumo próprio ou para outras circunstâncias, como é o caso da agricultura. Por isso, como poderemos, então, reverter esta situação que tende a cair num abismo profundo.

Na nossa ótica, teremos de usar a água de forma mais inteligente, definindo prioridades. Usemos, como exemplo, um aluno que vai para a escola com uma garrafa de água, sabendo que aí permanecerá todo o dia, incluindo na hora de almoço e que terá, no final da tarde, uma aula de Educação Física. Será uma atitude sábia, por parte do rapaz, gastar a água toda, logo no início da manhã? É óbvio que não, na medida em que deveria saber racionar a água, para todo o dia, e esta circunstância aplica-se a tudo na vida.

No nosso entender, uma outra forma de reduzir ou anular a escassez de água passa pela reutilização da água, o que significa tratar e reutilizar as águas residuais para usos não potáveis, como a irrigação e os processos industriais, para que, assim, seja possível diminuir a necessidade de água doce. Para além desta medida, podemos, ainda, evidenciar a criação de mais sistemas de coleta e de armazenamento de água provinda da chuva, usando-a para benefício coletivo, sobretudo, nos momentos de maior seca ou necessidade.

Em suma, a água é, indubitavelmente, o bem mais valioso da vida, pois, sem ela, o que seria de nós, seres humanos? Como evidenciámos, medidas há muitas, falta é, na nossa perspetiva, vontade e respeito, por parte da sociedade, à escala mundial, preferindo muitos viver na ignorância do que trabalhar em equipa em prol de um bem maior, a água, cuja escassez poderá pôr em causa a vida presente e futura. Por isso, cabe-nos a nós, pessoas mais conscientes, mudar o rumo desta maleita, mudando mentalidades, mudando rotinas e mudando vidas. Como diria o grande Fernando Pessoa, «É a hora!»… da grande mudança mundial!

Autores: Cláudio Silva, André Vieira, Daniel Pinho, Beatriz Figueiró, Inês Figueiredo (12º B)

Água com Mágoa?

A Terra é o planeta que reúne mais condições favoráveis à vida humana, sendo uma delas a presença de água líquida. Todavia, da água doce, que compreende 2,5% de toda a água existente, apenas 0.3% está, efetivamente, disponível para uso (A Escassez de Água Potável e a Seca Em Portugal - Blog INSPIRA(TE) - Pegada Verde _ Pegada Verde, n.d.) Por isso, a nossa intenção é compreender as situações que condicionam a disponibilidade da água e propor a implementação de medidas capazes de reverter os efeitos da escassez de água.

A pegada hídrica é um indicador que mede e analisa a quantidade de água utilizada na produção de bens e serviços, bem como o volume consumido por cada indivíduo, no seu quotidiano. De acordo com os últimos dados da Water Footprint Network, os países com pegadas hídricas mais elevadas do mundo são a Mongólia, com 10.000 litros de água/dia, por pessoa, e Níger, com 9.600 (O Que é a Pegada Hídrica e Como Calculá-La_ - Iberdrola, n.d.). No nosso entender, algumas ações capazes de reduzir a nossa pegada hídrica passam por diminuir a duração dos banhos e fechar corretamente as torneiras (Consumo Excessivo de Água_ Como Reduzir a Nossa Pegada Hídrica – Frederica.Pt, n.d.).

Por outro lado, uma bacia hidrográfica é uma extensão de escoamento de um rio principal e dos seus afluentes, cujos fenómenos são de extrema importância para o meio natural, uma vez que são responsáveis pela manutenção de biomas e essenciais para as povoações da região (Bacia Hidrográfica – Wikipédia, a Enciclopédia Livre, n.d.). Tendo em conta o levantamento da Unesco, há, no mundo, 263 bacias hidrográficas com corpos de água transfronteiriços, inseridos em 145 países (Bacias Hidrográficas Transfronteiriças, n.d.). Aquando da partilha de bacias hidrográficas, surgem conflitos, como sucede, por exemplo, no Oriente Médio (Jordânia, Síria e Israel). Desde 1967, Israel invadiu e ocupou territórios da Síria, que abrigam as principais nascentes do Rio Jordão- o mais importante desta região. O seu represamento e os desvios contribuem para que o abastecimento seja escasso, causando, portanto, situações desumanas. Como medida para melhorar os possíveis conflitos, adiantamos a implementação de acordos entre os países envolvidos (Pedrosa, 2017).

Posto isto, a escassez de água é uma temática que sempre se discutiu, discute e discutirá. O crescimento em massa da população acarreta o aumento drástico dos consumos hídricos diários.  Filmes de animação, como "Rango" (2011), desbloqueiam uma visão sobre alguns dos percalços de um futuro em que a vida e a água não são, definitivamente, sinónimos. Grande parte do abuso do consumo de água provém de setores como a agricultura intensiva e a indústria têxtil, bem como da má gestão de recursos que provém de tais indústrias, originando níveis hídricos mais inferiores (Escassez de Água Doce_ Causas e Consequências, n.d.) (Cristina et al., 2009). As populações são informadas do perigo de um futuro "sem água" e, sendo assim, está nas mãos das grandes empresas caminharem no sentido de se regulamentarem ou serem regulamentadas por empresas exteriores. Diferentes propostas na alteração de processos de transformação/plantação, que promovam a reutilização de água e/ou processos alternativos, proporcionarão, sem dúvida, um futuro promissor.

Em suma, existem, com certeza, formas de remediar a situação hídrica mundial, quer provenham dos consumidores ou das indústrias. Agora, resta-nos refletir sobre o passado e, desta forma, construir um futuro capaz de assegurar um mundo melhor para as gerações presentes e vindouras.

Autores: Inês Amaral, Inês Faria, Maria Costa e Mariana Ferreira (12ºB)

ÁGUA E SUSTENTABILIDADE

GERIR MELHOR UM RECURSO CADA VEZ MAIS ESCASSO

A água é, como sabemos, insubstituível e, como tal, poderemos não ter a possibilidade de a «fabricar» no futuro. Todos nós estamos cientes de que a água é um bem essencial sem a qual não conseguimos viver. Ainda assim, observamos que a atitude habitual que as pessoas têm perante este recurso é de indiferença, agindo como se a água fosse um bem infinito e que nunca lhes faltará. No entanto, esta é uma verdadeira falácia!

Posto isto, entre 1950 e 1990, o consumo de água disparou de 580km³ para 1400km³ anuais, o que corresponde a um aumento de 2,4 vezes, em apenas quarenta anos. Urge, assim, que paremos por um instante e reflitamos sobre esta estatística, não esquecendo que, desde então, esse número cresceu ainda mais.

Por enquanto, nós, portugueses, ainda não morremos de sede. No entanto, sabem quem morre? Os paquistaneses! Graças a práticas insustentáveis de consumo de água, por cortesia da Nestlé. Sim, a grande empresa transnacional suíça, do setor de alimentos e bebidas e outros, que gere marcas conhecidas do grande público, como a Nesquik, a Cerelac, a L'Oréal, e,para aqueles que têm animais, a Purina, entre outras. Para além da abismal diversidade de produtos, a empresa comercializa, também, a sua própria marca de água, “Pureza Vital”, causa fulcral para os níveis de água, no Paquistão, terem vindo a descer centenas de metros abaixo do normal. Os seus métodos cruéis e desumanos, não só contribuíram para a escassez de água, em determinados locais, como para a pouca que lhes sobrou, que nem potável era.

Para nós, parece uma realidade distante, porém, se esta tendência se mantiver uma constante, cada vez mais, situações similares se repetirão em todo o mundo. A esse ponto, seria concretizada uma corrida entre a escassez de água e o aquecimento global e nós, meros «espectadores» do mundo, limitar-nos-emos a ver qual destes será o primeiro a soletrar a palavra “FIM”, a todos os seres vivos da Terra.

Será, esse destino, irrevogável? Talvez não, mas, para isso, precisaremos do contributo de todos que nem tem de passar por algo complexo, mas por pequenos atos ao alcance de todos nós, como, por exemplo:

- tomar duches mais rápidos e evitar banhos de banheira (que, para além de consumirem mais água do que o necessário, são menos higiénicos);

- fechar a torneira, quando não precisamos dela aberta, garantindo que não a deixamos a pingar; - reutilizar a água em excesso, onde for pertinente, dando um novo uso, por exemplo, à água da cozinha acumulado na lavagem de pátios;

- e optar por eletrodomésticos mais eficientes na redução do consumo de energia e de água.

Estes são, na verdade, alguns métodos possíveis, para que todos, em conjunto, possamos contribuir para a sobrevivência do nosso planeta, centrando-nos, especificamente, na poupança da água, respeitando, assim, o nosso ambiente. As nossas atitudes em prol da nossa grande casa repercutir-se-ão, posteriormente, em outros setores, como a Economia. É caso para dizer que a água é símbolo da nossa sobrevivência.

Autores: Cristiana Costa, Cristiano Assunção, Edgar Vilas-Boas, Leonardo Almeida e Tiago Gonçalves (12.ºB)

Fluindo para um futuro sustentável

A escassez de água não é apenas um número abstrato, dado que 1,7 milhões de pessoas, em todo o mundo, enfrentam esta realidade, diariamente. Não é apenas a quantidade que está em causa, é a qualidade também, pois substâncias tóxicas, resíduos maltratados, pesticidas que infiltram os lençóis freáticos, constantemente, põem em causa a qualidade da nossa vida. A água, que deveria ser pura e cristalina, muitas vezes, torna-se o espelho da negligência humana. Como poderemos, então, proteger um recurso vital, quando este está sujeito a tantas ameaças e fragilidades?

A resposta reside, em primeiro lugar, na sustentabilidade da água, tendo em conta que a água e, por inerência, todo o ambiente, se encontram sob fortes ameaças. As alterações climáticas, o uso dos solos, a produção da energia, a indústria, a agricultura, o turismo, o desenvolvimento urbano e a evolução demográfica são fatores que fragilizam – e muito - o recurso da água.

Assim, procurando alterar esta tendência, é fundamental investir em acordos internacionais, definindo, de forma clara, os direitos e as responsabilidades de cada país em relação à água compartilhada. Antes disso, urge o respeito pelos princípios de equidade, pois nem todos os países têm acesso aos recursos hídricos, como é o caso da Índia que, devido ao aumento da população e à célere urbanização, sobretudo, tem pouca água disponível. No que diz respeito ao planeamento, gestão e utilização dos recursos hídricos, há disparidades na distribuição mundial e tudo isto terá de ser revisto.

Ademais, é urgente a adaptação às mudanças climáticas, na medida em que se tornam necessárias estratégias para enfrentar secas, inundações e outras variações climáticas, o que exige, como sabemos, uma abordagem integrada, envolvendo políticas, tecnologias, educação e cooperação global. Assim, é fundamental uma monitorização regular dos recursos hídricos, avaliando os impactos das mudanças climáticas e planeando a gestão sustentável da água, o que acarreta a criação de políticas e regulamentações que garantam o uso eficiente da mesma e a proteção dos ecossistemas aquáticos.

Por último, é premente uma consciencialização pública e a sensibilização, por parte da população, sobre a importância da água, de modo a ser possível a preservação dos recursos hídricos, garantindo um uso responsável e equitativo, através de campanhas educativas e de programas de educação ambiental, pois já o povo defende que «é de pequenino que se torce o pepino».

No desfecho desta dissertação, reforçamos a necessidade de se colocar em prática os conselhos transmitidos na nossa infância, optando, por exemplo, por um duche em vez de um banho de imersão, evitando as torneiras a pingar, diminuindo a quantidade de água descarregada pelo autoclismo, entre outras. É, sim, imperativo que se proponham medidas inovadoras para este flagelo, porque o mundo já não volta atrás e não podemos apenas pensar em pequenas medidas, visto que acreditamos que estas já não serão suficientes. Temos de sonhar bem alto, pois, como dizia Camões, “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades.”. Temos de nos adaptar aos novos tempos, desde que não permaneçamos de braços cruzados.

Autores: 12.º A

Sustentabilidades

A esca͏ssez de água͏ é um problema crescente em todo o mundo. Devido ao cre͏scimento p͏opulacional, à urbanização e ao progresso industrial, a necessi͏dade de água aumenta, a cada dia que passa. Além disso, q͏uestõ͏es como as alterações climáticas, a poluição e a gestão inadequada dos recursos hídr͏ic͏os agravam a ͏situação. As ͏comunidades, inseridas e͏m r͏egiões afetadas pela e͏scassez de água, enfrentam dificuldades económicas,͏ de saúde e ambientais que se estendem para além͏ das fronteiras.

A falta de água acarreta, sem dúvida, uma série de efeitos adversos, como é o caso das mudanças na vegetação terrestre, podendo conduzir à morte de plantas e à redução da cobertura vegetal, o que, per si, pode resultar na desertificação do solo e na perda de biodiversidade nos ecossistemas. Tal como enunciado pela ONU, “Até 2045, cerca de 135 milhões de pessoas poderão ser deslocadas como resultado da desertificação.” Estes são apenas exemplo dos possíveis efeitos da escassez de água. Assim sendo, urge a implementação de medidas de gestão sustentável dos recursos hídricos, a fim de se mitigarem esses impactos, o que inclui a conservação da água, a administração adequada das bacias hidrográficas e o uso eficiente dos recursos hídricos.

O Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS 6) tem como propósito, precisamente, dar a toda a população mundial as condições acima elencadas. Graças aos esforços de organizações e empresas, à escala mundial, que se comprometeram a alcançar os objetivos adjacentes à ODS 6, será possível evitar os impactos da falta deste valioso recurso no ambiente e na saúde. Segundo o relatório de evolução dos ODS, publicado pela ONU em 2023, 2,2 milhares de milhões de pessoas não tem acesso à água potável e 3,5 milhares de milhões de pessoas não tem acesso ao saneamento, sendo que 1,5 mil milhões nem sequer têm acesso a instalações sanitárias.

Em termos económicos, a escassez de água tem um impacto maior do que o divulgado nos Mass Media. Nuno Lacasta, antigo presidente da APA, afirmou que, até chegar aos consumidores, há registos de perdas de água na ordem dos 30%. Os grandes estudiosos do ambiente acreditam que 2030 será um ano decisivo para um futuro sustentável e para um planeta equilibrado. Conforme abordámos, esta preocupação advém de uma série de fatores, incluindo o crescimento populacional, a rápida urbanização, as mudanças climáticas, a poluição e a gestão inadequada dos recursos hídricos. Contudo, há, ainda, motivos para mantermos o otimismo e a esperança, porque diversas soluções estão a ser implementadas, globalmente, para enfrentar a falta de água, desde a conservação e o uso eficiente da água à adoção de tecnologias inovadoras na gestão hídrica.

Em suma, a escassez de água é um desafio, mas, através de esforços colaborativos e de ações decisivas, podemos garantir que a água se torne mais acessível e segura para as gerações futuras, visto que esta não é só essencial ao nível ambiental e biológico, mas também económico, até porque é, como sabemos, um recurso requerido, por exemplo, para as energias renováveis e a agricultura verde.

Autores: Ângela Santos, Leonardo Santos, Rafael Andrade, Rodrigo Fernandes e Miguel Santos (12.ºB)

Sustentabilidade - A Ação Humana

A sustentabilidade consiste, de acordo com os mais variados estudos, na capacidade de a sociedade preservar o meio ambiente, não comprometendo as gerações vindouras, sobretudo em termos sociais, económicos e ambientais.

 Assim sendo, e porque “é de pequenino que se torce o pepino”, a aposta central desta problemática recai no desenvolvimento de temas, como a reciclagem, o desperdício de alimentos e bens essenciais, em contexto escolar, através, por exemplo, da concretização de assembleias de turma.           

Portugal é, de facto, um dos países europeus (e mundiais) que tem insistido na divulgação e reflexão em torno destas temáticas essenciais para a vida humana. A título ilustrativo, na senda do que foi referido anteriormente e ao encontro das informações veiculadas em 2023, pelo jornal PÚBLICO, adiantamos que “Em 2021, Portugal continental registou uma taxa de reciclagem de resíduos urbanos de 21% […]. Esta taxa de reciclagem é equivalente à registada em 2019, […] o que equivale a dizer que não houve qualquer progresso neste sector e que o país não vai seguramente atingir a meta de 55% de reciclagem estabelecida para 2025”. Como tal, concordamos que uma das medidas levadas a cabo, o sistema de recolha de resíduos porta a porta, tem ajudado - e muito - a que a população adquira uma maior consciencialização no que respeita ao processo de reciclagem. Porém, ainda há muitas vozes que insistem em não respeitar o ambiente, ignorando todas as políticas e assistindo, de braços cruzados, a todas as maleitas e à destruição do meio ambiente, vivendo, atualmente, uma das situações mais complicadas de sempre – a escassez da água.

Por essa razão, como forma de incentivo aos cidadãos, para que reduzam a quantidade de resíduos e para que tenham mais vontade de reciclar, poderia ser adotado um sistema de remuneração para aqueles que, todos os meses, entregassem corretamente o seu lixo separado. A taxa de remuneração poderia ser traduzida, por exemplo, na redução de 5%, na conta da água ou da luz, ao final de cada mês.

Como já mencionado, quando se trata das camadas mais jovens, é fundamental investir, através de parcerias com as Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia, na educação ambiental, nos seus variados setores, nas escolas, a partir de temas como a conservação de recursos naturais e a proteção da biodiversidade, por meio de atividades práticas «in loco», debates em sala de aula e projetos de pesquisa. Essas experiências não apenas ampliarão os conhecimentos dos alunos, mas também os inspirarão a tornarem-se jovens da mudança nas suas comunidades, promovendo práticas sustentáveis que terão um impacto positivo no comportamento das pessoas.

Atualmente, um outro problema que o país está a tentar ultrapassar - e bastante preocupante – é o desperdício alimentar e bens essenciais. O certo é que nos recebemos, ao longo da nossa vida, vários sinais que nos sensibilizam para a mudança comportamental, mas, ainda hoje, o problema perdura. “O relatório de

2021 sobre desperdício alimentar, do Programa da ONU para o Meio Ambiente (UNEP), revela que são desperdiçados em todo o mundo cerca de 931 milhões de toneladas de produtos alimentares.” (UNEP, 2021). Posto isto, é imperativo que cada um de nós tome as seguintes medidas, entre outras: organizar a despensa/frigorífico pensando na validade dos artigos; congelar o excesso de comida; planear refeições e produtos que tenciona comprar.

Em suma, o combate contra os males cometidos em relação ao meio ambiente deve ser uma preocupação de todos, sendo necessário que cada um faça a sua parte!

Autores: Beatriz Moreira, Cláudia Paiva e Sofia Rocha (12.ºB)

SOS para o Planeta Azul

A água é essencial para a vida e, tendo em conta que esta substância é vital para a saúde pública, o desenvolvimento económico, a saúde e o bom funcionamento dos ecossistemas naturais terão de ser preservados por todos nós. A sua escassez causa cada vez mais problemas no nosso planeta, tanto a nós, humanos, como às paisagens e ecossistemas naturais, alterando-os. No entanto, será que, realmente, temos consciência da importância que a água tem? E saberemos nós apreciá-la, quando a usamos no nosso dia a dia?

A verdade é que apenas 2% da água do mundo é doce e, por causa disso, prevê-se que a escassez do abastecimento de água alcance, até 2030, apenas 40%. Para além de ser essencial para a humanidade, a água é muito importante para o ambiente, sendo que a sua escassez poderá causar a morte de ecossistemas inteiros. As plantas produzem o nosso oxigénio, os animais servem-nos de alimento e todos os seres vivos precisam de água para sobreviver. Posto isto, é fundamental reter que a água é um recurso finito. Assim, como poderemos reduzir a nossa pegada de água? Fechar a torneira, quando lavamos as mãos, e evitar tomar banhos longos são alguns dos exemplos que todos deveríamos seguir à regra, a fim de não desperdiçarmos este bem valioso.

No entanto, um esforço individual não será suficiente para resolver os problemas hídricos do mundo. Quando grandes empresas despejam produtos tóxicos no ambiente, a água é, como sabemos, bastante afetada e, por conseguinte, todo o meio ambiente. Existem países em que as pessoas gastam água de forma desmesurada, mas existem outros em que a escassez da água causa guerras devido às reservas de água, como é o caso da guerra do mar Aral, que envolve o Cazaquistão, o Uzbequistão, o Turcomenistão, o Tadjiquistão e o Quirguistão. Para garantir que todos tenham acesso à água, é imperativo que se evitem desperdícios e, nesse sentido, os governos deverão trabalhar de forma colaborativa, pensando no bem coletivo.

Este líquido precioso não é apenas um químico, é a forma mais pura da vida, uma conexão que nos liga à Terra e a todos os seres vivos. A água, por outro lado, funciona como um espelho que reflete as nossas conexões com o resto do mundo. Assim sendo, a busca pela sustentabilidade é uma obrigação e não uma opção. Devido ao facto de a água ser o fio condutor da vida, é necessário reavaliar as nossas ações, uma vez que a água não pode ser desperdiçada, poluída ou ignorada. A consciência coletiva deverá transcender os limites e transformar-se numa corrente que fomente um futuro mais saudável e equilibrado.

 A nossa conclusão é um convite a participar da jornada mundial em prol da sustentabilidade, onde cada gota tem um significado e cada decisão terá, com certeza, um impacto. A água inspira-nos a sermos os melhores guardiões deste planeta azul, para que as gerações seguintes possam beber da mesma fonte e dançar sob a mesma chuva.

Autores: Bohdan Rybiy, Daniela Ribeiro, Eduardo Almeida, Iago Lourenço, João Lassal (12º.A)

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